quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Campo de' Fiori

Basilico, Pomodoro, Pesto, Peperoncino...são imensos os sabores dos frasquinhos que o italiano atrás da banca vende. Li algures que o Campo De’ Fiori era uma autêntica explosão de cores. E de facto é. De cores, sons, aromas.
No ar, sente-se uma mistura deliciosa. Não consigo decifrar todos os aromas. Cheira àquilo que se sentiria numa cozinha de portadas abertas para o Mediterrâneo, cheia de ervas aromáticas, onde se cozinham os mais deliciosos pratos, fruto de uma sabedoria passada de geração em geração.
O senhor oferece-me uma bolachinha de água e sal para experimentar um dos sabores. Sei que não vou levar nenhum porque quero-os a todos e a indecisão acaba sempre por me levar a seguir a lógica do “tudo ou nada”. Ainda assim, não resisto a aceitar a oferta, apesar de saber que estou a criar expectativas desnecessárias no senhor. Opto pelo basilico.

A austera estátua embuçada que vigia a praça homenageia Giordano Bruno, um teólogo herético queimado pela Inquisição neste local em 1600, diz-me o meu fiel guia da American Express. Imagino o mesmo ambiente do Campo de’ Fiori na Idade Média.

O gosto do basílico mantém-se durante o resto do dia.



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