Pode ser uma pessoa ou um sítio. Ou um livro, um filme. Uma teoria de Adorno ou de Nietzsche. Não interessa muito a forma em que nos surge. É sempre algo que carrega uma verdade que nunca nos tinha sido contada. Quando enfim nos é revelada, sentimo-nos tal qual a personagem de Platão que se libertou das correntes que o limitavam às sombras. Mais cedo ou mais tarde acabamos por nos aprisionar de novo, mas fica a nostalgia daqueles instantes em que, ainda ofuscados, nos habituávamos à luz.
Passou três meses e recordo essas “verdades” que me surgiram de todas as formas. Não soube como terminar esse período de “iluminação”. E ainda não sei. Talvez não queira terminar. E, por isso, porque não sei ou não quero, passo a palavra para que terminem por mim. Adeus Roma.
“Termino. A voz que leu estas páginas quis ser o eco das vozes conjuntas das minhas personagens. Não tenho, a bem dizer, mais voz que a voz que elas tiverem. Perdoai-me se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo.”
José Saramago, “De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz”
sábado, 10 de outubro de 2009
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